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Maconha e o consumo consciente: 7 Dicas de Redução de danos

  • O que é a redução de Danos?
  • Qual o objetivo da Redução de Danos?
  • Quais as melhores dicas para o consumo consciente?


O que é a redução de Danos?

A redução de danos é uma estratégia muito importante para lidar com questões relacionadas ao uso de substâncias psicoativas, prezando pela saúde dos consumidores, além de poder ser aplicada em outras áreas da vida. Por isso, em muitos países é adotada como uma política pública para orientar a população. Aqui no Brasil, foi em 2005 que o ministério da saúde passou a regulamentar a Redução de danos para determinar ações que visam reduzir os riscos à saúde, elevando a questão ao nível social, e não individual.

Neste texto, vamos mostrar pra vocês as melhores práticas para consumir a erva sagrada sem preocupações, evitando efeitos negativos que podem surgir quando seu corpo entra em contato com os psicoativos canábicos.

Vale ressaltar que estas práticas de Redução de Danos não incentivam o consumo de substâncias ilícitas (pois isso é uma decisão individual), mas reforçam OS CUIDADOS com a nossa saúde por meio de escolhas conscientes.

Qual o objetivo da redução de danos?

A adoção de estratégias de redução de danos visa reduzir os riscos associados ao consumo de cannabis e outras substâncias em relação ao corpo humano. Como já citamos anteriormente, essas práticas já foram inclusive institucionalizadas por órgãos públicos em diferentes países, inclusive no Brasil, facilitando a orientação aos indivíduos. 

Um bom exemplo aconteceu em 1989, com origem na cidade de Santos, no litoral paulista, onde o governo distribuiu seringas estéreis para pessoas usuárias de drogas injetáveis, para diminuir o risco de contaminação de HIV por compartilhamento do material.

Aliás, se você foi em algum festival de música eletrônica recentemente, já deve ter visto as tendas de Redução de Danos espalhadas pelo local, onde voluntários e profissionais orientam as pessoas de como não exagerar na hora da curtição, além de se oferecerem suporte aos que passam mal após consumir drogas sintéticas ou álcool, disponibilizando água potável, soro fisiológico e até medicamentos.

Nos Estados Unidos, a California é um estado visto como progressista na questão de administração do consumo de droga, incluindo a utilização da cannabis para fins médicos, a substituição do encarceramento pelo tratamento de usuários de drogas detidos e também a aquisição de seringas nas farmácias, sem a necessidade de prescrição médica.


Quais as melhores dicas para o consumo consciente?

Sobre a origem da maconha:

1. Conheça a qualidade e origem da maconha adquirida: isso é muito importante para evitar o consumo de produtos adulterados ou contaminados. Alguns fornecedores podem adicionar produtos químicos à maconha para aumentar o peso ou o efeito, o que pode ser prejudicial à saúde. Além disso, devido ao tempo de armazenamento em todo o processo logístico de algumas ganjas, elas incorporam micro-substâncias presentes no ar ou nos materiais que teve contato. Portanto, fique de olho.

2. AUTO-CULTIVO. Essa é uma boa prática para garantir o conhecimento da origem daquilo que está sendo consumido, uma vez que o cultivo da planta é feito em casa (em contextos legais perante à lei).

Isso faz com que eventuais pragas sujeiras ou mofos sejam rapidamente identificados e retirados da erva. Além disso, é possível identificar a strain e garantir uma mínima qualidade em comparação a verdinha comprada no mercado ilegal.

3. Lavar o presado. Essa é uma boa prática para tirar algumas impurezas (não todas) das parangas de prensado, uma vez que ninguém quer fumar sujeira. Ao colocar o beck na água, e deixar de molho por algum tempo, logo é possível reparar a cor escura em que o líquido vai ficando. Depois de retirar a matéria da água, não esqueça de secar bem antes de consumir.

Sobre a relação com o seu corpo:

4. Não segure a fumaça quando estiver fumando! A ideia de que isso aumenta a brisa é lenda e pode prejudicar seu corpo. Na verdade, cerca de 95% do THC já é absorvido pelo seu corpo logo na primeira tragada.

Primeiro, ao prender a respiração, você diminui a chegada de oxigênio no seu cérebro, provocando tontura. Em segundo lugar, para compensar o baixo nível de oxigênio no corpo, sua frequência cardíaca aumenta, pois o coração passa a bater mais rápido, bombeando o sangue mais rapidamente. Isso é uma reação involuntária do seu organismo visando solucionar um problema inesperado. Desta forma, ocorre a liberação de adrenalina como uma “fuga”, fortalecendo ainda mais a falsa "brisa". Outra sensação perceptível é o formigamento, que também costuma ser confundida com uma falsa “chapação”, mas que na verdade é a falta de oxigênio em algumas partes do corpo.

5. Controle a quantidade de maconha consumida: O consumo excessivo de maconha pode levar a efeitos negativos na saúde, como ansiedade, paranoia e até mesmo dependência. Portanto, é importante controlar a quantidade que você consome e estabelecer limites para evitar os efeitos negativos. Seja para o seu cotidiano ou mesmo para uma única sessão. Escute seu corpo, o excesso pode ser desconfortável.

6. Evite o uso combinado de maconha com outras substâncias: O uso combinado de maconha com outras substâncias, como álcool ou drogas ilícitas, pode aumentar os riscos à saúde e levar a efeitos imprevisíveis. Por isso, pegue leve na mistura! Seu organismo não está acostumado com tantas substâncias estranhas ao mesmo tempo. A não ser que essa substância seja água: sempre a melhor amiga para hidratação do corpo.

Em relação aos acessórios para fumar:

7. Use vaporizadores em vez de cigarros bolados: O uso de vaporizadores em vez de cigarros pode reduzir os riscos à saúde, pois vaporizar a maconha produz menos toxinas do que carbonizar a erva. Além disso, o uso de vaporizadores pode reduzir a quantidade de fumaça inalada e os efeitos negativos ao sistema respiratório.

As piteiras e sedas de vidro também são uma ótima ideia. Se a piteira for longa, melhor ainda, pois aumenta a distância entre a carbonização e a sua boca, diminuindo a temperatura da fumaça que chega ao seu organismo, evitando principalmente dores na garganta. Além disso, estes acessórios de vidro evitam que o usuário queime os dedos ou os lábios, como costuma ocorrer quando se fuma “pontas”.

E que tal fumar em bongs? Se for de vidro e com possibilidade de introduzir gelo, melhor ainda. Primeiramente, o vidro é um material que não solta pequenas partículas que outros materiais como plástico ou papel podem soltar na hora de fumar. Além disso, o gelo é um grande ajudante na hora de resfriar a fumaça. Mas não esqueça que os bongs proporcionam uma tragada e tanto, pela sua capacidade de puxar bastante fumaça. Por isso, vá com calma, você pode dosar a quantidade que prefira.



Por fim, mas não menos importante! Curta a brisa…

Às vezes, uma pausa na tolerância cai bem! O “T-break” ajuda a colocar seu sistema endocanabinoide nos eixos. Ou seja, se você anda sentindo a necessidade de fumar cada vez mais para conseguir entrar numa brisa boa, é porque sua tolerância está muito alta. Então, se experimentar ficar uns dias sem fumar, vai perceber que pouca quantidade já vai ser o suficiente para “chapar” legal. Se até mesmo as grandes personalidades maconheiras já passaram por este momento, porque não testar?




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